16 janeiro 2014

Dabi Atlante cresce e começa a avaliar aquisições

A Dabi Atlante, maior fabricante nacional de equipamentos para odontologia, começa a estudar aquisições no país e sua entrada no segmento médico. Fundada há 67 anos, a companhia desde então fabrica equipamentos odontológicos, vendidos nas 12 filiais que possui no país.

No ano passado, a companhia sediada em Ribeirão Preto (SP) faturou cerca de R$ 134 milhões, aumento de 12% em relação às vendas de 2012. Pretende atingir um valor 20% superior neste ano e chegar a R$ 200 milhões em 2015, diz Caetano Biagi, diretor superintendente da empresa.

Hoje, a Dabi Atlante é responsável por pouco menos de 10% do faturamento de seu controlador, o Grupo Pedra, tem receita anual na casa de R$ 1,5 bilhão. Com foco no agronegócio, o grupo tem suas origens na década de 1930, quando sua primeira empresa foi fundada por Pedro Biagi. Possui quatro usinas de etanol, açúcar e energia no interior de São Paulo e concessionárias Lago-San Honda.

A entrada no mercado de equipamentos para medicina poderá ajudar a Dabi Atlante a expandir suas receitas. Ao mesmo tempo, a empresa começa a avaliar aquisições no país e, por isso, designou um diretor para uma área de fusões e aquisições, que não existia.

No mercado de odontologia, a companhia espera que lançamentos puxem suas vendas neste ano. "Vamos apresentar diversos produtos, resultado de investimentos em pesquisa", diz Biagi. Segundo ele, a empresa obteve um financiamento de R$ 20 milhões com a Finep para desenvolver novas tecnologias e outros R$ 7 milhões para investir em sensores para digitalizar imagens.

A Dabi Atlante é líder em parte dos segmentos em que atua no país, como no de cadeiras de dentistas, que gera 40% de suas vendas. As cadeiras foram o primeiro produto da empresa, em 1946. Em 1973, foi a primeira a vender no país uma cadeira que permitia que o dentista trabalhasse sentado, diz Biagi. Hoje, estima ter 42% das vendas do produto no país.

Nos próximos dois anos, a Dabi Atlante pretende avançar com mais velocidade no mercado de equipamentos de radiografia panorâmica e tomógrafos, diz Biagi. Hoje, calcula ter 20% das vendas nestes segmentos, que movimentaram R$ 70 milhões em 2013. "Há cerca de cinco anos, o mercado era de 200 unidades. Hoje, é de 700, e estimamos que em cinco a dez anos atinja duas mil unidades", diz o empresário.

Entre suas concorrentes, estão principalmente as estrangeiras, como a Sirona, que faturou R$ 35 milhões no Brasil em 2012. No cálculo da Abimo, entidade que representa o setor, o mercado local de equipamentos para odontologia movimentou R$ 760 milhões naquele ano. Na disputa com as estrangeiras, a empresa tem a seu favor o Finame, linha de crédito mais barato para a compra de equipamentos com conteúdo nacional.

Os mercados externos, que são responsáveis por 10% das vendas da Dabi Atlante, em 30 países, continuam em seus planos. Nos EUA, Biagi destaca a venda, no ano passado, de 100 aparelhos de radiografia de uma de suas novas linhas, a Eagle, o que Biagi considera "um caso raro na indústria nacional". Dependendo do modelo e dos acessórios, esses equipamentos custam de R$ 80 mil a R$ 240 mil. Por Olivia Alonso | Valor econômic
Fonte: abradilan 16/01/2014

16 janeiro 2014



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