10 dezembro 2013

Menos de 2 meses após IPO, Anima já é a favorita do HSBC no setor de educação

Com perfil diferenciado de seus pares na bolsa, companhia deve tirar proveito de fusões e aquisições após levantar mais de R$ 406 milhões com abertura de capital na bolsa

Não é de hoje que o setor de educação é bem visto por analistas, mas o perfil diferente da Anima (ANIM3) parece se detacar para alguns especialistas que acompanham estas empresas na Bovespa. Com um perfil voltado para a qualidade - o presidente da empresa disse antes da abertura de capital que pretende transformá-la em um "novo ITA" (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) - a companhia tenta obter uma receita maior por aluno ao cobrar mensalidades maiores. Com esse diferencial sobre seus pares, os analistas do HSBC apontam a empresa como a sua favorita no setor, menos de 2 meses após a Anima ter aberto seu capital na Bovespa.

 "Preparada com caixa e liquidez de ações, em função de seu IPO (Initial Public Offering) recente, a Anima parece estar pronta para acelerar o crescimento por meio de fusões e aquisições, levando à consolidação de seu segmento de mercado", explicam os analistas Luciano Campos e Caio Moscardini. Segundo a dupla, as F&A (Fusões & Aquisições) serão o fator chave para o crescimento da empresa.

 Em seu IPO, realizado em 25 de outubro, a Anima levantou R$ 406 milhões. A companhia identificou 42 cidades-alvo e já está envolvida em negociações com diversas empresas. Campos e Moscardini acreditam que a empresa pode ser um dos poucos agentes de consolidação ativos dentro do segmento, podendo também oferecer ações com liquidez como moeda, o que pode ajudar em suas negociações por ativos de maior qualidade. Do IPO pra até o fechamento da última segunda-feira (9), os papéis ANIM3 acumulam ganhos de 9,7%.

 Com sua análise, a dupla estabelece um preço alvo de R$ 27,00 - o que representa um potencial de valorização de 33% em relação ao último fechamento -, com uma recomendação overweight (acima da média do mercado).

 Diferencial de qualidade

 De acordo com os analistas do HSBC, a estratificação do setor de educação será a "próxima onda" no segmento. Eles explicam que após um longo período de crescimento do volume no mercado de ensino superior do Brasil, a expectatica agora é que as empresas com marcas e reputações mais sólidas sejam capazes de cobrar um preço diferenciado e gerar melhores resultados econômicos por matrícula, melhorando assim os seus resultados - em outras palavras: o foco passará da quantidade de alunos para a qualidade de ensino.

 "A título de referência, os preços médios da mensalidade da Anima são de 22% a 74% superiores aos de seus pares comparáveis, Anhanguera (AEDU3), Estácio (ESTC3) e Kroton (KROT3), e ela gera um Ebit por aluno matriculado aproximadamente 24% a 54% maior que os pares, apesar de sua escala consideravelmente menor", explicam os analistas.

 A dupla ainda ressalta que não avaliou os segmentos de Pronatec e ensino à distância (EAD) da Anima. "A nosso ver, o Pronatec ainda está muito incipiente no momento. O EAD recebeu nota máxima do Ministério da Educação e pode ser aprovado a qualquer momento", afirmam. Por outro lado, eles acreditam que a concorrência nestes segmentos provavelmente irá mudar muito nos próximos 12 a 18 meses. Infomoney
Fonte: portalsoma 10/12/2013

10 dezembro 2013



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